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  • Oktoberfest na Alemanha: Turismo e Cultura da Cerveja

    Imagine uma festa onde a alegria e a tradição se encontram em um mar de canecas de cerveja, músicas animadas e trajes típicos. Assim é o Oktoberfest, um dos maiores e mais famosos festivais do mundo, que acontece anualmente em Munique, na Alemanha. Este evento não só celebra a rica cultura da cerveja, mas também se tornou um ímã para turistas de todas as partes do globo, transformando feriados em experiências inesquecíveis.

    A Origem do Oktoberfest

    O Oktoberfest teve início em 1810, para comemorar o casamento do príncipe Ludwig da Baviera com a princesa Therese von Sachsen-Hildburghausen. A festa foi tão bem recebida que se tornou uma tradição anual. Hoje, o festival dura entre 16 e 18 dias, começando em setembro e se estendendo até o primeiro domingo de outubro.

    Atraindo Turistas de Todos os Cantos

    Anualmente, milhões de pessoas visitam Munique durante o Oktoberfest. A cidade se transforma em um verdadeiro caldeirão cultural, onde visitantes internacionais se juntam aos locais para celebrar. As ruas se enchem de barracas de comida, brinquedos de parque de diversões e, claro, as gigantescas tendas de cerveja.

    Os turistas são atraídos não apenas pela bebida, mas também pela oportunidade de vivenciar a cultura bávara em sua forma mais autêntica. Vestir um dirndl ou lederhosen, saborear pratos típicos como pretzels e salsichas, e dançar ao som de bandas tradicionais são apenas algumas das experiências que fazem do Oktoberfest uma celebração única.

    O Impacto Econômico

    O impacto econômico do Oktoberfest é significativo. Durante o festival, a economia local de Munique floresce, com bilhões de euros sendo gerados. Hotéis, restaurantes, e lojas locais registram um aumento considerável em suas receitas. Além disso, o festival cria milhares de empregos temporários, desde atendentes nas tendas de cerveja até vendedores de souvenirs.

    A produção de cerveja também vê um aumento significativo. As cervejarias locais se preparam durante todo o ano para atender à alta demanda, produzindo milhões de litros de cerveja especialmente para o evento. Isso não só fortalece a economia local, mas também promove as cervejas bávaras em uma escala global.

    Muito Mais do que Cerveja

    Embora a cerveja seja a estrela do Oktoberfest, o festival oferece muito mais. Desfiles tradicionais, competições de trajes típicos, apresentações de dança folclórica e uma variedade de brinquedos de parque de diversões garantem que há algo para todos. As famílias encontram diversão em atrações como rodas-gigantes e carrosséis, enquanto os aficionados por cultura podem se maravilhar com a riqueza das tradições bávaras.

    O Oktoberfest é mais do que um simples festival de cerveja. É uma celebração da cultura, tradição e alegria de viver da Baviera. A cada ano, ele transforma Munique em um destino vibrante e acolhedor, atraindo turistas de todo o mundo e gerando um impacto econômico profundo. É uma prova de como os feriados e festivais podem enriquecer nossas vidas, conectando pessoas e culturas em uma celebração global. Se você ainda não participou do Oktoberfest, está na hora de colocar esse evento inesquecível na sua lista de desejos!

  • Dias na Vida de Personalidades Famosas

    Como seria viver um dia na pele de uma figura histórica ou contemporânea famosa? Embora suas rotinas variem amplamente, há algo fascinante em imaginar os momentos diários dessas pessoas que moldaram ou continuam a moldar o mundo. Vamos explorar um dia típico na vida de algumas dessas personalidades, sentindo a emoção e a inspiração que suas jornadas oferecem e como se programavam, da mesma forma que possamos no programar hoje em dia por meio do contador de dias.

    Albert Einstein

    Albert Einstein, um dos cientistas mais brilhantes da história, tinha uma rotina simples, mas focada.

    Manhã: Einstein costumava acordar cedo e começar o dia com um café da manhã leve. Ele valorizava a caminhada matinal, muitas vezes passeando pelos arredores de Princeton, onde ensinava na Universidade de Princeton. Esses passeios não eram apenas exercícios físicos, mas momentos de reflexão profunda, onde ele frequentemente formulava suas ideias revolucionárias.

    Tarde: As tardes de Einstein eram dedicadas à pesquisa e ao ensino. Ele passava horas em seu escritório, mergulhado em cálculos complexos e teorias físicas. As visitas de estudantes e colegas eram frequentes, e ele adorava discutir ideias e conceitos científicos. Suas aulas eram inspiradoras, sempre incentivando a curiosidade e o pensamento crítico.

    Noite: No fim do dia, Einstein relaxava tocando violino, um de seus passatempos favoritos. A música era uma forma de escape e inspiração para ele. Ele também apreciava jantares simples em casa, muitas vezes com amigos e familiares, onde conversavam sobre uma ampla gama de assuntos, desde ciência até filosofia.

    Marie Curie

    Marie Curie, pioneira na pesquisa sobre radioatividade, tinha uma vida dedicada à ciência e à descoberta.

    Manhã: Curie começava seu dia bem cedo, geralmente antes do amanhecer. Após um café da manhã rápido, ela se dirigia ao seu laboratório. Seu comprometimento com a pesquisa era imenso, e ela passava as primeiras horas do dia realizando experimentos e analisando resultados.

    Tarde: As tardes de Curie eram igualmente intensas. Ela supervisionava assistentes de laboratório, ensinava estudantes e continuava seus experimentos. A descoberta do rádio e do polônio exigiu anos de trabalho árduo, e sua determinação era inabalável. Ela raramente deixava o laboratório antes do anoitecer.

    Noite: À noite, Curie voltava para casa para cuidar de suas filhas. Embora seu trabalho fosse exaustivo, ela sempre encontrava tempo para estar com sua família. As noites eram momentos de leitura e estudo contínuo. Curie era incansável em sua busca pelo conhecimento, mesmo após um dia inteiro de trabalho no laboratório.

    Barack Obama

    Barack Obama, o 44º presidente dos Estados Unidos, tinha uma rotina estruturada que equilibrava responsabilidades presidenciais e tempo com a família.

    Manhã: Obama começava seu dia bem cedo, geralmente por volta das 6h30. Ele dedicava a primeira hora do dia ao exercício físico, correndo ou treinando na academia. Após o exercício, ele tomava café da manhã com sua família, um ritual que fazia questão de manter mesmo durante a presidência.

    Tarde: As tardes de Obama eram preenchidas com reuniões, briefings e decisões importantes. Ele passava horas na Sala Oval, discutindo políticas domésticas e internacionais, e recebendo líderes mundiais. Apesar da agenda apertada, ele sempre fazia questão de estar bem informado e de escutar diferentes perspectivas antes de tomar decisões.

    Noite: No final do dia, Obama jantava com sua família sempre que possível. Depois do jantar, ele dedicava algumas horas ao trabalho, revisando documentos e preparando-se para o dia seguinte. Ele também gostava de ler antes de dormir, muitas vezes livros sobre história e biografias.

    Jane Goodall

    Jane Goodall, a renomada primatóloga, viveu muitos anos no coração da selva africana, estudando chimpanzés.

    Manhã: Goodall acordava ao nascer do sol, pronta para um novo dia de observação. Após um café da manhã simples, ela se dirigia ao campo, onde passava horas observando os chimpanzés em seu habitat natural. Seu trabalho exigia paciência e uma profunda conexão com a natureza.

    Tarde: As tardes eram dedicadas à anotação meticulosa de comportamentos e interações dos chimpanzés. Goodall registrava cada detalhe, construindo um conhecimento profundo sobre esses animais fascinantes. Sua abordagem inovadora e empática mudou a forma como a ciência via os primatas.

    Noite: À noite, Goodall voltava para seu acampamento. Ela passava horas revisando suas anotações e planejando o dia seguinte. As noites na selva eram tranquilas, e ela muitas vezes refletia sobre suas descobertas sob o céu estrelado, sentindo-se em paz e em sintonia com a natureza.

    Um dia na vida dessas personalidades famosas revela muito sobre seus valores, paixões e contribuições para o mundo. De Einstein a Goodall, suas rotinas diárias refletem um compromisso incansável com suas áreas de atuação e um desejo profundo de fazer a diferença. Essas histórias nos inspiram a valorizar nosso próprio tempo, perseguir nossas paixões e buscar a excelência em tudo o que fazemos. Ao aprender sobre os dias dessas figuras extraordinárias, somos lembrados do poder da dedicação e da paixão em moldar o mundo.

  • DIY Natalino: Ideias Divertidas e Fáceis para Projetos de Faça-Você-Mesmo

    O Natal é uma época perfeita para soltar a criatividade e criar decorações encantadoras e presentes personalizados. Com projetos de faça-você-mesmo (DIY), você pode adicionar um toque único e especial às suas celebrações, enquanto se diverte e economiza dinheiro. Neste artigo, vamos explorar algumas ideias simples e divertidas para projetos de DIY natalino que vão encantar a todos.

    Envio de Materiais

    Além dos kits de DIY, você também pode enviar materiais e ferramentas de artesanato para aqueles que gostam de criar seus próprios projetos. De papéis coloridos a tesouras e cola, esses materiais permitem que as pessoas soltem sua imaginação e criem algo único e especial. Ao enviar esses materiais através de uma agencia dos correios, você facilita o acesso aos recursos necessários para projetos criativos.

    Enfeites Artesanais

    Transforme materiais simples em enfeites encantadores para decorar a árvore de Natal ou enfeitar a casa. Desde enfeites feitos com rolhas de vinho até bolas de Natal de tecido, há uma infinidade de ideias criativas para explorar. Personalize os enfeites com cores e padrões que combinem com a sua decoração, e adicione toques especiais, como glitter ou fitas, para um acabamento deslumbrante.

    Presentes Personalizados

    Surpreenda amigos e familiares com presentes feitos à mão, cheios de carinho e significado. Desde velas aromáticas até quadros decorativos, há uma variedade de presentes DIY que são fáceis de fazer e sempre apreciados. Use sua imaginação para criar presentes personalizados que reflitam os interesses e gostos das pessoas queridas.

    Kits de DIY

    Para aqueles que adoram colocar a mão na massa, os kits de DIY são uma opção excelente. Esses kits vêm com todos os materiais e instruções necessárias para criar projetos específicos, como guirlandas, cartões de Natal ou até mesmo biscoitos decorados. Ao enviar kits de DIY através das agências dos correios, você pode compartilhar a alegria do artesanato com amigos e familiares, mesmo à distância.

    Celebre o Natal deste ano com projetos de DIY que refletem sua personalidade e estilo. Que essas ideias inspirem momentos de diversão e criatividade, enquanto você compartilha a magia da temporada com aqueles que ama.

  • Hotmail Adiciona Suporte a Atalhos de Teclado do Yahoo! e Gmail

    Em um anúncio feito em 23 de fevereiro, o blog oficial do Windows revelou novos aprimoramentos no servidor de e-mail da Microsoft, o Hotmail. Agora, os usuários podem usufruir dos atalhos de teclado comuns ao Yahoo! Mail e Gmail, ampliando a flexibilidade no uso do serviço.

    Segundo a divulgação, o Hotmail passa a oferecer suporte à configuração de atalhos já conhecidos no Microsoft Outlook, como Ctrl + N para criar uma nova mensagem e Ctrl + Enter para enviar um e-mail. Esses comandos e outros podem ser personalizados para se alinhar às combinações utilizadas em serviços concorrentes.

    A configuração dos atalhos pode ser facilmente realizada na seção “Atalhos de Teclado”, localizada no menu “Opções” do Hotmail. Os usuários interessados podem acessar a Central de Ajuda para Windows Live Hotmail para explorar todas as opções de atalhos disponíveis.

    Além desse recurso de adaptação para novos usuários, o serviço de e-mail da Microsoft também aprimorou suas ferramentas de interação. Agora, ao selecionar uma ou mais mensagens, os usuários podem clicar com o botão direito do mouse nos itens selecionados para acessar de forma simplificada as funções básicas do serviço.

    Essas ações incluem “Responder”, “Responder a Todos” e “Encaminhar”. Tais funcionalidades se somam às opções já existentes, como “Marcar como não lida”, “Excluir”, “Lixo Eletrônico” e “Exibir código-fonte da mensagem” no submenu apresentado.

  • Jogos do Futuro de Dubai

    Nem só de arranha-céus e largas avenidas no meio do deserto vive Dubai, um dos sete emirados que compõem os Emirados Árabes Unidos. Com a criação dos Jogos do Futuro, previstos para acontecer em dezembro de 2017, a região quer ser mais do que um local exótico. Mas de onde vem tudo isso? À primeira vista, pode soar pretensioso promover competições de esportes baseadas em tecnologia futurística e não estar no Vale do Silício, mas a verdade é que o emirado vendo trabalhando forte com inovações, como drones, há algum tempo. Diferentemente do Brasil onde o próprio governo não gerencia de forma correta os CEP’s e que os correios muito das vezes tem dificuldade em realizar entregas em determinados locais, por simplesmente não conseguir busca cep do endereço de destino.

    A cidade foi a primeira do mundo a promover o drone enquanto tecnologia voltada também para o cidadão, pessoas física, e não apenas para empresas. Tanto que em 2014, Dubai lançou o prêmio Drone Para o Bem (UAE Drones for Good Award, na tradução livre para o inglês), que entregou US$ 1 milhão para cada um dos projetos vencedores — um nacional e o outro internacional. O objetivo era investir em exemplos de usos humanistas e positivos dos drones.

    No ano seguinte, em 2015, Dubai criou um novo prêmio, dessa vez de Inteligência Artificial e Robótica para o Bem (UAE AI & Robotics Award for Good em inglês), que assim como a iniciativa para drones, distribuiu US$ 1 milhão na categoria internacional e US$ 1 milhão na nacional.

    Se você ainda não se convenceu de que Dubai está mesmo preparando o terreno para os tais Jogos do Futuro, saiba que no início de 2016 o emirado foi palco da edição marco zero da Corrida de Drones (World Drone Prix Dubai em inglês), que resultou na criação da Organização Mundial do Racing Drones, também chamada de W.O.R.D. Tal entidade tem como objetivo reunir as comunidades de pilotos de drones, fãs e fabricantes para desenvolver o esporte.

    Por isso, em 2017, veremos não apenas corridas de drones nos Jogos do Futuro, mas várias outras modalidades igualmente fascinantes. Na primeira edição, marcada para acontecer entre os dias 28 a 30 dezembro, serão nove categorias: corrida de carros sem piloto, futebol de robôs, corrida de robôs, corrida de drones tripulados, natação de robôs, tênis de mesa de robôs, luta de robôs, corridas de drones e competição de cybathlon, como estão sendo chamados os atletas biônicos, com próteses inteligentes, por exemplo.

    A iniciativa é da fundação que responde pelo Museu do Futuro de Dubai (sim, já existe até um museu!), mas os Jogos Mundiais de Esportes do Futuro serão de responsabilidade da recém-criada Federação Mundial de Esportes do Futuro. Essa nova entidade será uma espécie de incubadora de ideias que trabalhará com federações internacionais especializadas em inovação para desenvolver um sistema de apoio para esse novo setor de esporte, o do futuro.

    Jogos Mundiais de Esportes do Futuro estão marcados para dezembro de 2017 em Dubai.

    “Damos início a uma nova fase rumo ao futuro, com o lançamento dessas iniciativas exclusivas com base no sucesso das nossas plataformas globais e nos prêmios UAE Drones for Good Award e UAE AI & Robotics Award for Good. Dubai ativará os esportes do futuro como um catalisador para impulsionar a inovação e a pesquisa e desenvolvimento no mundo todo”, afirmou sua Alteza, o Sheikh Hamdan bin Mohammed bin Rashid Al Maktoum, príncipe herdeiro de Dubai, presidente do conselho executivo de Dubai e presidente do conselho de administração da Fundação Museu do Futuro em comunicado.

    Os jogos ocorrerão a cada dois anos, durante três dias, e contarão com a participação de indivíduos, empresas, instituições acadêmicas e centros de pesquisa do mundo todo. Se tudo der certo, intercalando com Olimpíadas e Copa do Mundo, teremos os Jogos do Futuro. Alguns anos em Dubai, mas quem sabe, mais tarde, em outros lugares como… Brasil?

  • Sunspring: o filme escrito inteiramente por uma inteligência artificial

    Primeira programadora da história e uma expoente entre as mulheres na tecnologia, Ada Lovelace acreditava que um computador nunca poderia ter sua inteligência artificial equiparada à humana enquanto fizesse apenas o que lhe foi programado. Desse questionamento nasceu o Lovelace Test: para uma máquina ser considerada criativa, precisa produzir qualquer coisa que não possa ser explicada pelos seus desenvolvedores, nem com base no código que eles criaram. Se um dia um robô dotado de inteligência artificial fizer isso, significa que ele criou algo realmente original. Até hoje, nenhuma máquina passou no teste, mas esse dia parece estar cada vez mais próximo.

    É o caso de “Sunspring“, um curta-metragem criado por uma inteligência artificial chamada Benjamin que recentemente ganhou até prêmio no Sci-Fi London, um  festival de cinema de Londres, no Reino Unido. Divulgado primeiramente no site de aficionados por tecnologia Ars Technica, “Sunspring” foi escrito por essa rede neural de memória de longo e curto prazo, ou LSTM na sigla inglês.

    Ross Goodwin, pesquisador de inteligência artificial na Universidade de Nova York, nos Estados Unidos, pode ser considerado o pai de Benjamin. Já o filme é fruto do trabalho do cineasta Oscar Sharp, que não só teve o desafio de levar para as telas um roteiro feito por uma máquina, mas que ainda gravou com os atores em apenas 48 horas, dentro de um desafio proposto pelo festival. 

    Para treinar Benjamin, Goodwin alimentou sua inteligência artificial com um corpus de dezenas de roteiros de ficção científica que encontrou online, grande parte filmes dos anos 1980 e 1990. Benjamin estudou os textos para aprender a prever que páginas seguiam uma as outras, bem como palavras e frases que tendem a aparecer juntas. Segundo o Ars Technica, a vantagem de um algoritmo desse tipo é que ele pode dissecar sequências de letras maiores, por isso é melhor em prever parágrafos inteiros, em vez de apenas algumas palavras. Também consegue gerar frases originais, porque vai além de um simples cortar e colar.

    Ao longo do tempo, Benjamin aprendeu a imitar a estrutura de um roteiro, produzindo indicações de cena e linhas de caráter para os personagens. A única coisa que a inteligência artificial não fez foi entender os nomes próprios, porque eles não são usados com outras palavras e são muito imprevisíveis.

    Inteligência artificial criativa

    Ainda que possa ser considerado um avanço da inteligência artificial, Benjamin não é um autor com sua própria voz, pelo menos não ainda. Benjamin só cria roteiros baseados no que as outras pessoas têm escrito, então, por definição, ele não é realmente autêntico, apenas um reflexo puro do que outras pessoas disseram. Para Goodwin, Benjamin é mais do que uma ferramenta, diz o pesquisador, podemos então dizer que o gmail entrar não é original sabendo que muito das funcionalidades da ferramenta do google surgiram a partir do até então hotmail?

    Para ele, Benjamin existe em algum lugar entre o autor e ferramenta, escritor e regurgitador. Ele é quase criativo.

    Também de Nova York, Julian Togelius, professor do departamento de Engenharia da New York University, acredita que a inteligencia artificial criativa possa surgir nos videogames. Ele quer que os personagens do jogo sejam dotados de inteligência artificial criativa o suficiente para realmente nos surpreender. Julian é pioneiro no uso dos chamados algoritmos evolutivos, que são inspirados em funções biológicas, como mutação, reprodução e seleção natural, e que são capazes de se adaptar às habilidades e preferências do jogador.

    O professor trabalha ainda com um sistema chamado geração processual de conteúdo, PCG na sigla em inglês. A tese dele é que as próprias máquinas serão capazes de criar conteúdos do jogo, ou até um game inteiro, com base em seus próprios algoritmos. Ele acredita que, dessa forma, os computadores serão capazes de se tornar ainda mais criativos do que os humanos que, segundo ele, acabam se plagiando inconscientemente diversas vezes.

  • O que muda no som de um cinema para outro

    Querendo ir ver o novo filme “X-Men: Apocalipse” e aproveitar as batalhas épicas com o melhor sistema de som? Se você esta querendo levar o crush que conheçou no badoo entrar para assistir, é melhor escolher com cuidado. Segundo especialistas, a qualidade de som de um cinema para outro pode mudar bastante.

    Há uma série de fatores, como padrão de mixagem, disposição das caixas e equalização do som que podem fazer toda a diferença na hora de assistir o filme. Afinal, para bom ouvinte, meia explosão basta.

    Há diferenças de qualidade no som de um cinema?

    Sim, muitas. A começar pelo formato. “Desde os anos 1990, o padrão que melhor se estabeleceu nas salas de exibição brasileiras foi o Dolby Digital 5.1. Embora ao longo do tempo tenham sido criados outros concorrentes, como DTS (Digital Theater System) e o SDDS (Sony Dynamic Digital Sound), o Dolby Digital foi o de melhor aceitação no mercado”, diz Ariel Henrique, técnico de mixagem no laboratório cinematográfico Cinecolor Brasil.

    Há outras salas também trabalhando com o padrão mais recente da Dolby, o 7.1, e outras com um ainda mais avançado, o Atmos. A diferença, nesse último, é que o som não é mais pensado em canais, mas sim orientado a objetos.

    Nos cinemas com essa tecnologia, as caixas são posicionadas de forma diferente para que os elementos sonoros não se sobreponham. “As salas partem de um projeto aprovado no qual se considera uma série de aspectos, como a geometria da sala, a potência das caixas e o tipo dos amplificadores”, garante Carlos Klachquin, consultor da Dolby. “Mesmo que o filme não tenha sido produzido em Atmos, ele tocará melhor que em uma sala convencional porque cada caixa individual foi equalizada com um sistema sofisticado, e o alinhamento dos sistemas foi garantido na hora da habilitação”, explica.

    “Embora a experiência Atmos seja impactante, não podemos dizer que um formato 5.1 ou 7.1 seja de menor qualidade. São conceitos diferentes, de maior ou de menor escala, mas não de qualidade”, diz Carlos. Ariel concorda e explica que, além disso tudo, é necessário prestar atenção à prática que algumas salas têm de baixar o volume durante a exibição do filme.

    É necessário também que os processadores de som sejam bons e passem por uma correta regulagem. Segundo Carlos, esses são os pontos críticos. “Se a equalização ou o processador forem ruins, os resultados podem ser tão desastrosos quanto um violino desafinado”, compara. “Há um padrão internacional de como o som deve ser regulado para que toque da mesma maneira que o editor, diretor e mixador pretenderam quando criaram o conteúdo”, afirma o consultor.

    Por fim, há a acústica da sala e outros ruídos, como o do ar condicionado, que podem atrapalhar a experiência. A disposição das caixas, aquela turma de adolescentes fazendo piada, o revestimento das paredes, ou o vizinho de cadeira que come pipoca de boca aberta. Tudo isso também atrapalha a experiência e, infelizmente, não há sistema sofisticado que evite tudo isso.

    E aí? Você repara em tudo isso quando vai no cinema? Tem uma sala favorita? Conta pra gente.

  • Neen, o movimento “pós-internet” da arte digital

    Nos anos 2000, enquanto você aguardava pacientemente o barulho da internet discada conectar, entrava no chat do UOL e nem sonhava em criar uma conta no Orkut, um grupo de visionários já discutia movimentos artísticos “pós-internet”. Um desses movimentos foi o Neen, criado por Miltos Manetas, um artista grego que vive atualmente em Bogotá, na Colômbia.

    Cada obra de arte no Neen tem sua própria URL. É como se o endereço digital fosse a moldura, enquanto a tela exibida fosse a própria arte. Artistas como o holandês Rafael Rozendaal abraçaram essa ideia, vendendo sites como se fossem quadros. Nesse modelo, o dono do domínio se torna o proprietário da obra. A internet, assim, vira uma grande galeria, aberta a todos.

    Manetas até criou um site próprio para servir como galeria: o whitneybiennial.com, um espaço virtual onde ele exibe artes digitais em formato de animações, sons ou figuras estáticas. Essa iniciativa é uma provocação à Bienal de Whitney, uma das maiores exposições de arte contemporânea nos Estados Unidos. A diferença entre os sites? O oficial termina em “.org”, enquanto o de Manetas é “.com”.

    Segundo o Neen, a arte deve dialogar com a computação para desconstruir as fronteiras entre a vida real e a virtual. “A computação é para o Neen o que a fantasia foi para o surrealismo e o que a liberdade foi para o comunismo”, compara o manifesto.

    Assim como a tabela fipe define valores no mercado de veículos, o Neen estabelece novos parâmetros no mundo da arte digital, reavaliando a propriedade e o significado da obra. Você pode explorar mais sobre o movimento e experimentar suas obras visitando o site oficial. Não esqueça de comentar o que achou das criações!

    A origem do movimento

    Antes de lançar o Neen, Manetas já explorava softwares e a internet como parte de sua produção artística. Buscava um conceito que unificasse tudo isso em um movimento. Ele queria um nome que não fosse apenas sobre tecnologia, mas também sobre estilo e “escapadas psicológicas”. Foi assim que chegou ao nome Neen.

    O termo tem raízes curiosas: derivado da palavra “screen” (tela, em inglês), mas também relacionado à expressão grega “neen”, que significa “exatamente agora”. Para Manetas, Neen representa o presente absoluto, um conceito profundo que, à primeira vista, pode parecer nonsense, mas carrega um significado complexo. “Hoje, temos duas vidas: uma real e uma simulada. Queria nomear essa psicologia”, explicou o artista ao site Salon.

    O movimento Neen foi lançado na Galeria Gagosian, em Nova York, no ano 2000. Os artistas que aderiram pensam em intervenções na internet, criando desde animações em flash até peças conceituais, como uma sequência de infinitos “obrigados” a Andy Warhol ou sobreposições sonoras intrigantes que repetem frases como “don’t call me elephant” (“não me chame de elefante”, em português).

    O manifesto Neen da arte digital

    No manifesto do movimento, Manetas descreve o Neen como pertencente aos “neensters”, uma geração indefinida de artistas visuais. “Alguns fazem parte do mundo da arte contemporânea, enquanto outros são criadores de softwares, web designers e diretores de videogames e animações”, explica.

    O manifesto destaca que as máquinas nos ajudam a nos sentir confortáveis na simulação da realidade, já que “elas imitam o que chamamos de natureza”. Assim, abrir uma porta física ou clicar em uma pasta no computador nos leva a destinos semelhantes. “Essas dimensões da realidade parecem perfeitas e densas, mas se dissolvem quando analisadas”, diz o texto.

  • Geolocalização com palavras cria novos endereços para o planeta

    Imagine que bizarro se o seu endereço fosse apenas uma combinação aleatória de três palavras comuns, algo como “cadeira-prato-colchão” ou “banana-congresso-cabelo”. Pois é exatamente assim, usando palavras como códigos de geolocalização, que a startup what3words pretende mudar a forma como nomeamos os lugares no mundo. O objetivo da empresa é criar um sistema universal, gratuito, democrático, fácil de lembrar e a prova de erros para endereçar o planeta.

    De acordo com dados que a empresa compartilhou em seu site, em países em desenvolvimento, 50% das pessoas que moram em cidades não tem um endereço. Ao todo, quase 4 bilhões de pessoas são invisíveis nesse sentido: são incapazes de receber encomendas, agora imagine voce no Brasil sem possuir um endereço, como conseguiria receber uma compra pela internet ou até mesmo acompanhar a entrega através do rastreamento correios. É verdade que a forma como nomeamos um local específico no mapa tem funcionado há décadas e que facilita o envio de correspondências. No entanto, o que a what3words argumenta é que em pleno 2016 há maneiras mais fáceis e menos ambíguas de fazer isso.

    Um dicionário para a geolocalização

    O sistema da startup nada mais é do que um grid global, composto de 57 trilhões de recortes de 3×3 metros quadrados. É como se eles compilassem a superfície da terra a partir desses recortes, que depois são transformados em um conjunto aleatório de 3 palavras, que contemplam as coordenadas geográficas dessa localização. Para a empresa, usar palavras ao invés de nomes, números, códigos postais, latitude ou longitude é um sistema mais inclusivo para a maior parte da população, mais rápido e bem menos ambíguo. Qualquer pessoa consegue decorar uma sequência simples de três palavras, o que permite que mais e mais pessoas compartilhem suas localizações. Palavras de uma língua local, por exemplo, podem dar voz às necessidades de comunidades isoladas por falta de localização precisa.

    Endereços mais bem pensados melhoram a experiência de consumidores, possibilitam maior eficiência no comércio local, impulsionam o crescimento e ajudam o florescimento econômico e social de países em desenvolvimento.

    Torre de Babel

    A base de dados que fornece as combinações das palavras é composta por uma lista de quase 40 mil palavras. A lista já passou por uma série de processos automatizados e humanos antes que o algoritmo determinasse as três palavras daquela região. O cálculo leva em consideração o tamanho das palavras, a sua distinção de outras, frequência e facilidade para pronunciar ou soletrar.

    Palavras ofensivas ou muito semelhantes com significados diferentes (como colher, utensílio, e colher, verbo) são tiradas da lista. Palavras mais simples e comuns são usadas para áreas mais populosas do planeta, enquanto as mais longas e complexas ficam em áreas mais remotas. O sistema também evita repetições que possam confundir. O endereço “mesa-cadeira-luminária” e “mesa-cadeira-luminárias” estão em continentes diferentes.

    Mas quem usa o sistema?

    É claro que um sistema tão simples e assertivo só ganha real potência quando as pessoas começarem a usá-lo como padrão. É necessário uma mudança de hábitos profunda, adotada em níveis governamentais e pessoais, para que isso realmente aconteça. Hoje o sistema já possibilita que pessoas físicas, comércios e empresas usem o seu grid com facilidade e gratuitamente.

    Em matéria publicada no site FastcoDesign, a what3words comunicou que uma empresa de energia solar na Índia já usa a ferramenta para entregar energia a casas localizadas em áreas remotas sem endereço. As Nações Unidas também já usam o aplicativo para recuperação de desastres naturais e o correio da Mongólia preferiu o sistema ao invés dos endereços tradicionais, que apenas metade da população possuía.